segunda-feira, 4 de maio de 2009

Reduzir, reutilizar e reciclar

Esse é o lema da Recicloteca, o centro de informação de reciclagem e meio ambiente, criado em 1991, pela ONG Ecomarapendi, para difundir informações sobre o meio ambiente e como o cidadão pode reduzir, reutilizar e reciclar o lixo que produz.
O projeto ganhou mais ênfase a partir de 1993, devido ao patrocínio da Ambev (Companhia de Bebidas das Américas). O espaço foi criado para poder informar e orientar ao máximo, os cidadãos, fornecendo educação ambiental e ajudando, também, a profissionalizar trabalhadores que queiram atuar na área da reciclagem. Atualmente são seis funcionários atuando no projeto. Esse número é muito pouco, diante das enormes mudanças que precisam ser feitas. A consultora ambiental, Carolina Oliveira ressalta:“Não temos como esperar trabalhar em grandes proporções e sim de indivíduo para outro, pois “nadamos contra a maré”, somos um grupo de pessoas falando do lixo reciclável tendo de enfrentar todo um universo de consumo, não é fácil”.

Mesmo com tantas dificuldades, podemos destacar um projeto, criado em 2002 e que deu certo, contribuindo para mudar a vida de muitas pessoas de baixa renda, chamado, “Reciclagem Solidária”. A consultora ambiental explica o papel que a Recicloteca teve nessa iniciativa, que atualmente, existe em outros quatro estados brasileiros (Ceará, Pernambuco, Amazonas e Paraná), valorizando e aumentado a rentabilidade das cooperativas envolvidas na coleta e comercialização de materiais recicláveis. “Inicialmente funcionamos como referência para tirar dúvidas e orientar as pessoas que querem atuar na área da reciclagem, ajudando-as, em primeiro lugar, a ter uma formação profissional. Posteriormente nós encaminhamos esses profissionais para resolverem a parte burocrática e a parte de empréstimo da prensa (máquina utilizada para prensar papel e papelão), que nós mesmos fornecemos gratuitamente por seis meses. Depois desse período, ele compra a prensa (que tem valor e forma de pagamento adequado às suas condições financeiras). O acompanhamento desse iniciante é feito durante um ano, depois ele passa a atuar sozinho no ramo da reciclagem. Muitas vezes esses profissionais acabam auxiliando na alfabetização de seus funcionários, que são, muitas vezes, discriminados pela sociedade”.

Esse trabalho afeta diretamente as comunidades do Rio, pois praticamente todos os envolvidos residem em alguma delas e por isso o lixo, que é consumido nesses locais, acaba tendo, em alguns casos, um destino mais correto. Isso não quer dizer que não temos que nos preocupar mais com o lixo nas favelas, muito trabalho ainda precisa ser feito e, principalmente, nos bairros e condomínios da cidade.
Carolina explica ainda, que diariamente, a Recicloteca recebe grupos de alunos para que eles tenham mais informação sobre o assunto. “A gente sempre procura se informar com a escola se ela dá alguma orientação, sobre a reciclagem, para as crianças, e se a resposta for negativa, os educadores vêm antes, na Recicloteca, para assistir à palestras e serem mais informados sobre esse universo. Só depois dessa pré-preparação é que podemos receber os alunos, pois é muito importante que eles cheguem aqui já com alguma base”, explica.
Os funcionários da Recicloteca têm um trabalho muito complexo, porque a maioria das pessoas, ainda não tem a consciência de todo o processo que envolve o lixo. É muito importante identificarmos o problema inicial disso tudo: o consumo exacerbado. Saber o que vamos e o que realmente precisamos consumir é um processo reeducacional, que interfere diretamente em nosso cotidiano. Temos que mudar os nossos hábitos e incorporá-los aos poucos no nosso dia-dia. Quando vamos ao supermercado precisamos conferir a data de validade dos alimentos, além de dar preferência aos produtos que têm pouca embalagem, gerando assim, menos lixo. É preciso saber se realmente precisamos comprar aquela quantidade enorme de comida de uma só vez, pois quase sempre, acabamos jogando fora frutas ou verduras que não consumimos e estragaram. Segundo o Instituto Akatu (http://www.akatu.org.br/), um terço de tudo que compramos acaba indo diretamente para o lixo e isso é inaceitável, pois sabemos que muitas pessoas, infelizmente, ainda passam fome no Brasil.



Após o primeiro passo, que é reduzir, precisamos saber reutilizar alguns objetos que perderam sua função original, como potes de sorvete, garrafas pet, potes de vidro, caixas de papelão (na foto acima algumas obras de arte feitas com material reaproveitado expostas na sala: reutilizar). É fundamental estarmos cientes que a reciclagem é um dos processos para diminuir o impacto ambiental, mas não é só por causa disso, que vamos continuar consumindo sem nenhum tipo de responsabilidade. O terceiro passo, a reciclagem, para que tenha mais êxito, precisa do apoio e atitude de cada pessoa, separando o lixo orgânico do lixo seco, facilitando assim, a coleta das cooperativas e divulgando em reuniões de condomínio as alternativas que temos para que tenhamos mais atuação nesse ciclo.
O site da Recicloteca (http://www.recicloteca.org.br/) é um espaço destinado para tirar dúvidas e dar dicas sobre como podemos começar a criar novos hábitos, tendo como base os 3R`s – reduzir, reutilizar, reciclar.

Oficinas de reciclagem, cursos e palestras são atividades fornecidas na Recicloteca, qualquer pessoa pode fazer e depois ensinar a outras. Os alunos aprendem como fazer vassouras, pufes, poltronas, utilizando garrafas pet, além de três espaços exemplificando o conceito dos 3R`s, com exposições de artistas plásticos. O preço dos cursos varia de R$ 35,00 à R$ 70,00.
Vale a pena destacar que todo mês tem uma palestra gratuita, ligada à educação ambiental e a próxima será no dia sete de maio, com o tema: “educação ambiental nas escolas”.
É importante termos um tempo para pensarmos no que foi dito aqui, eu sei que é pouco, mas é assim que começamos a fazer diferença, falando sobre os problemas e buscando soluções, lembrando que a união faz a força, todos precisam fazer a sua parte.
Acessem o site ou visitem o espaço, vale a pena!

A Recicloteca fica na Rua Paissandu 362 – Laranjeiras e funciona de segunda à sexta das 9:00 às 17:00. Telefone: (21) 2551-6215 / 2552-6393. E-mail: consulta@recicloteca.org.br

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Uma nova chance para a vida e a liberdade

Quem nunca leu nos jornais ou assistiu nos noticiários que vários animais foram apreendidos pela Polícia Federal em feiras ilegais, ou então, transportados, também ilegalmente, em caminhões? O mais triste disso tudo é que a grande maioria desses animais não aguenta o martírio da viagem e morre antes mesmo de chegar ao local de destino.
Para ajudar a reverter essa situação de desrespeito à natureza, a Coefa (Coordenação de Fauna) e o Dbflor (Divisão de Biodiversidade de Floresta), ambos pertencentes ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), criaram o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres). Atualmente, existem vinte e quatro Cetas em todo o Brasil e um deles fica no Rio de Janeiro, no município de Seropédica, região Metropolitana.
A função do Cetas é receber, identificar e tratar animais silvestres que chegam através de apreensões feitas pelos órgãos fiscalizadores do governo, de resgate de fauna (quando são resgatados pelos bombeiros) ou então pela entrega voluntária (levados por qualquer cidadão que tenha criado ou pego o animal em algum local). O objetivo principal de todo esse trabalho é a devolução dessas espécies para o seu habitat natural.

Segundo o médico veterinário e analista ambiental Vinícius Modesto de Oliveira, que é o responsável pelo Cetas do Rio de Janeiro e pela criação do “Projeto Bicho Solto”- o projeto visa a soltura dos animais apreendidos ilegalmente. “Em 2008 foram 8 mil animais encaminhados ao Cetas, o maior número registrado desde a sua criação no final de 2002, mas infelizmente esse número pode ser ultrapassado este ano, pois só neste primeiro trimestre já foram recebidos 2.500 animais, o dobro do mesmo período do ano passado”, enfatiza.
Ele também explica que o recebimento por apreensão é o mais grave, por se tratar da retirada das espécies da natureza para a comercialização em feiras de animais (Duque de Caxias, Alcântara, São João da Serra e São Francisco Xavier são as principais) ou para o mercado externo. Além disso, a cada dez animais contrabandeados, sete morrem na captura ou durante o transporte. A maior parte das espécies que chega ao Cetas é oriunda da Costa Verde – litoral Sul do Estado – e da região Norte Fluminense. Eles chegam ao Centro muito debilitados, machucados e traumatizados, por isso a importância do trabalho desses profissionais que, através de muita dedicação, conseguem, na maioria dos casos, devolver a vida à natureza.





O veterinário Vinícius de Oliveira examinando as aves que estavam
escondidas em um caminhão apreendido pela Polícia Federal

As cinco etapas do tratamento

Vinícius fala da importância dos primeiros cuidados a serem tomados quando eles recebem esses animais. “A primeira etapa é a identificação da espécie, do sexo e a quantidade que são registrados em uma ficha de recebimento. Posteriormente, os animais são examinados para saber como estão de saúde e são submetidos à quarentena”, explica.
A quarentena é um período de tratamento onde o animal fica separado dos demais para se verificar a possibilidade de retorno ao convívio dos outros. Após o segundo procedimento, o animal é colocado no recinto adequado à sua espécie, para que a terceira etapa, a de preparação para a soltura, seja iniciada.
A grande prioridade de todo esse processo é a quarta etapa: a devolução das espécies para a sua área de origem. Após meses de preparação, os profissionais do Cetas têm a alegria e a certeza do dever cumprido ao verem esses animais voltarem aos seus recintos naturais. O local de soltura é, preferencialmente, as áreas protegidas, como as Reservas Particulares do Patrimônio Ambiental (RPPN), em razão da maior garantia de que os animais poderão viver seguros e protegidos de qualquer ação criminosa do homem. Outras reservas ambientais, de responsabilidade do Estado ou da União, também servem de destino. É válido ressaltar que alguns dos animais levados ao Cetas, muitas vezes não pertencem à Mata Atlântica e sim a outro bioma, como o Cerrado ou a Caatinga. Nestes casos, os Cetas dessas regiões recebem esses animais e seguem os mesmos critérios para a soltura. A última etapa é o monitoramento dos animais para que os profissionais do Ibama possam saber como eles estão se readaptando ao meio.

A nova sede

Uma mudança importante, que irá ajudar ainda mais na recuperação dos animais, é a construção da nova sede do Cetas. Devido à obra do Arco Metropolitano, projeto que faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e tem a finalidade de integrar as principais rodovias federais que cortam o estado, uma estradas será construída justamente no terreno que atualmente o Cetas funciona, por isso a necessidade de transferir o Centro de Triagem para uma nova área.
Segundo a Secretaria de Obras do Rio de Janeiro, responsável pela obra, a área escolhida para a construção, que tem previsão de seis meses para ficar pronta, é uma faixa de servidão, já desativada, da Central Elétrica de Furnas, situada na Floresta Nacional Mário Xavier.
O veterinário Vinícius deixa bem claro a preocupação na escolha da região da nova sede: “Um dos principais motivos para a escolha da nova localização do Cetas é que não será preciso desmatar absolutamente nada, pois o terreno de 31 mil e 500 m², que já foi uma antiga faixa de servidão de Furnas, tem uma vegetação secundária (degradada), não tendo mata nenhuma para ser retirada”, explica.
O novo projeto visa melhorar a infra-estrutura do Centro para que os animais silvestres possam ter um bom tratamento e, posteriormente, excelentes condições de retornar à natureza. Por isso, o maior Centro de Triagem do Brasil será composto por dois alojamentos para os funcionários, um hospital veterinário, necropsia, sala para educação ambiental, viveiros para aves, mamíferos e répteis, três corredores de voo, quarentenário, setor de serviços e área para reflorestamento.


A conscientização e a colaboração do cidadão

É extremamente importante que cada cidadão tenha consciência de que o tráfico de animais só existe por causa de uma minoria que paga muito caro para tê-los em suas residências, tanto no Brasil, quanto no exterior. A pena para quem mata, caça, persegue e mantém animais sem a autorização das autoridades competentes é de seis meses a um ano de prisão, além de multa. Os prejuízos para o equilíbrio do ecossistema são enormes e é preciso que todo o cidadão colabore, denunciando as pessoas que estão envolvidas com o tráfico de animais, podendo assim, inibir suas atividades.
Um dos maiores traficante do Brasil, Jairo dos Rei, que é reincidente, atualmente está foragido. Ele e sua quadrilha são responsáveis pela maior parte dos contrabandos feitos no país. Muitos animais apreendidos por esses criminosos estão na lista das espécies ameaçadas de extinção. Em outubro do ano passado ele foi pego na Via Dutra, pela Polícia Federal, com 625 pássaros, sendo que mais da metade já estavam mortos.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 160 espécies de aves se encontram à beira da extinção. Esse critério divide as espécies ameaçadas em três níveis: criticamente ameaçadas (redução da espécie em dez anos ou em três gerações entre 80 e 90%), em perigo ( redução de 50 a 70%) e vulnerável (redução a partir de 50%).



Este caminhão vinha de Sergipe e foi apreendido pela Polícia Federal com mil
animais em baixo de seis toneladas de abóbora. Desses mil, 40 eram jabutis e
o restante eram pássaros
.

Para diminuir esse impacto ambiental e atender aqueles que desejam ter um animal silvestre em casa, dentro da lei, foram criadas a partir de 1993, pelo Ibama, diversas portarias e instruções normativas para regularizar a criação de animais silvestres em cativeiro. Os criadouros, como são chamados, têm a autorização do Ibama para funcionar e comercializar animais, onde estes têm toda a assistência de um médico veterinário, sexo identificado, nota fiscal e as demais exigências do Ibama. Podemos concluir então que as pessoas que realmente se preocupam com a fauna silvestre podem perfeitamente adquirir um papagaio, ou outro animal, de forma correta, dentro da lei, assegurando o seu bem-estar e do animal.
É preciso que todos entendam que nós dependemos da natureza e que podemos usufruir tudo aquilo que ela nos oferece de uma maneira sustentável, preservando-a também para as futuras gerações.




Soltura de uma capivara no Reservatório de Lajes - Light S/A


Site do Ministério do Meio Ambiente com a lista dos animais ameaçados de extinção: www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm.
Para sugestões, reclamações e denúncias de crimes ambientais o Ibama disponibiliza a Linha Verde, gratuita para todo o país: 0800-61-8080

Vale a pena destacar

As matérias a seguir são algumas das que eu fiz durante o meu estágio no Jonal Folha do Centro, que foi muito importante para a minha formação como jornalista. Selecionei algumas delas, pois achei importante deixá-las registradas no meu blog, já que são atemporais e também porque foi muito legal fazê-las! Quem quiser ver as restantes pode acessar o site do jornal:www.jornalfolhadocentro.com.br e selecionar as edições 143/144/145, referentes aos três meses que estagiei.
Um beijo para toda a equipe do Folha do Centro!
P.S: Raquel adorei estagiar com você, beijinhos!

Matéria estágio Juliana: Jornal Folha do Centro - ago/ 2008


A culinária asiática conquista o bairro de Santa Teresa


Santa Teresa conseguiu conquistar o coração dos gringos. Todos que têm a oportunidade de conhecer o bairro mais boêmio, e com a maior concentração de artistas do Rio, se apaixonam! O empresário inglês Gordon Lewis e seu sócio Yewweng Ho, da Malásia, não escaparam dos encantos que o bairro oferece e abriram em abril deste ano o restaurante Ásia.
A localização do sobrado é perfeita, a vegetação, os micos que ficam nos galhos das árvores e o pôr do Sol fazem do lugar um charme! O projeto foi feito por Yewweng, que também é arquiteto. Ele construiu mais dois andares no total de quatro. Trouxe também todos os objetos de decoração da China, para dar mais originalidade ao ambiente, onde os lustres de seda são um show à parte. O material de cozinha, como as panelas com tampas de madeira com pequenos orifícios - que são fundamentais para deixarem os pratos a vapor e outra iguarias na temperatura certa -, também são importados.
Yewweng trouxe com ele três chefes malaios que preparam o cardápio, inspirados na cozinha chinesa, tailandesa e, principalmente, na Malaia. Os pratos são à la carte com uma ampla variedade. Os famosos petiscos Dim Sum, especialidades do restaurante, são excelentes para pedir de entrada, podendo ser cozidos a vapor, fritos ou assados, com recheio de camarão e carne suína (essa mistura é típica dos asiáticos). Outra especialidade é o curry, que tem de frango e camarão. Também o Rendang - prato típico da Malásia, com cubos de carne, coco desfiado e toque de curry. Irresistível! Os espetos Satay de frango e as massas são muito procuradas pelos clientes, sem deixar de destacar os vinhos, como o chileno Anakena (um carmenere perfeito) para acompanhar esses três últimos pratos.
Os chás, todos importados da China, são outras delícias do Ásia. Os mais pedidos são: Jasmim, Oolong (famoso por ajudar a emagrecer), chá do Dragão e o charmoso chá de Flor. Este último, a flor, quando colocada na água, se abre. Bem exótico! As sobremesas não deixam a desejar em nada, como o pudim de manga com calda de menta e os típicos bolinhos de arroz branco com gergelim. É de dar água na boca!
O Ásia tem capacidade para 100 pessoas e também faz reservas. Para quem não sabia aonde comemorar o aniversário, vai aí uma ótima dica: reunir os amigos no deck do restaurante vai ser inesquecível!O Ásia funciona de quarta a domingo, de 12 às 23h, na rua Almirante Alexandrino nº 256 – Santa Teresa. Tel. 2224-2014 – Site: http://www.asia-rio.com/

Matéria Juliana estágio: Jornal Folha do Centro - ago/ 2008

A lei seca e seus reflexos na Lapa
O ritual de preparação para curtir a noite do Rio nos finais de semana tem agora um novo ingrediente: a discussão de quem do grupo vai ficar somente no suco, na água ou no refrigerante. A Lapa já apresenta seus prós e contras econômicos depois da Lei Seca. Quando chega o final de semana, a Lei Seca é mais lembrada e comentada do que qualquer outra coisa. Quem gosta de beber, mas precisa se deslocar de carro, vai ter de usar a imaginação para fazer o que gosta sem ser prejudicado e sem prejudicar os outros.
Desde que começou a vigorar em 20 de junho, a Lei Seca vem mudando os hábitos, não só dos cariocas, mas de todos os brasileiros.As conseqüências para quem for flagrado pelo bafômetro são bem sérias: dois decigramas de álcool por litro de sangue ou 0,1 miligrama por litro de ar expelido acarretam multa de R$ 957,70 e suspensão da habilitação. Caso a constatação seja de seis decigramas ou 0,3 miligramas por litro de ar expelido (o que equivale a dois chopes), o motorista terá que responder criminalmente e pode pegar de seis meses a três anos de prisão, podendo pagar fiança. Segundo dados do Instituto Médico Legal (IML), houve uma queda no número de mortes por acidente de trânsito. Os hospitais também estão recebendo menos feridos, vítimas de acidentes de carro, principalmente nos finais de semana. Apesar das boas notícias, muitas pessoas que trabalham no comércio foram afetadas, principalmente os donos de bares e restaurantes.
O Folha do Centro conversou com George E. Moraes, gerente de relacionamentos de uma das casas mais badaladas da Lapa, para saber como estava o movimento. “Houve sim uma pequena queda no movimento, mas estamos revertendo isso entrando em contato com pessoas que fazem transporte particular para pequenos grupos e também taxistas, para levarem nossos clientes até suas casas em segurança”, explica.Os estacionamentos, que são muitos na Lapa, tiveram uma queda brusca. Um dos funcionários, que não quis se identificar, disse que o movimento caiu pela metade. “Antes da lei, mesmo nos finais de semana sem shows, os estacionamentos ficavam lotados. Agora não é mais assim”,lamenta. Infelizmente quando ocorrem mudanças, uns perdem e outros ganham. Nesse caso, além das pessoas que vão ter suas vidas poupadas, os taxistas estão rindo à toa! O taxista Daniel Souza conta que a procura por eles aumentou bastante. “Agora as filas de carros não ficam mais paradas por muito tempo, como antes, tem sempre movimento”, diz, ao mesmo tempo em que é solicitado por um grupo de pessoas.



O casal Bruno e Moara Melo (foto) não deixou de prestigiar o amigo Rafael Modesto, que comemorava o aniversário em uma casa de show na Lapa. Moara só ficou na água e no suco. “Da próxima vez, o Bruno é quem vai se sacrificar um pouco para que possamos voltar para casa sem problemas”, explica. A tolerância das autoridades é zero. Mas isso não quer dizer que as pessoas não possam mais se divertir. Como vimos acima, o revezamento nas “baladas” é uma ótima opção para ninguém sair perdendo. Se for dirigir, não beba!

Matéria estágio Juliana: Jornal Folha do Centro - set/ 2008


A RECICLAGEM DE LIXO NO CENTRO ESTÁ CADA VEZ MAIS EM ALTA


A preocupação com o lixo que é produzido no Rio é cada vez maior. A Comlurb tem tido um papel importantíssimo no processo da coleta seletiva, contando também com ajuda de empresas que são voltadas para a reciclagem e com moradores da cidade, que são fundamentais para que o ciclo seja iniciado.
Desde 1993 a Comlurb desenvolveu um programa de coleta seletiva para os bairros do Rio, junto com cooperativas de catadores. O lixo recolhido é levado para as indústrias de reciclagem e transformado em vários materiais novos.
O Jornal Folha do Centro conversou com o Gerente de Departamento da Comlurb do centro do Rio, Jaime Strunkis, para saber o que é feito com o lixo que é produzido nessa área.
A coleta seletiva, que atua também no centro, faz uma triagem do lixo para separar o material que poderá ser reaproveitado. “A Comlurb é responsável por recolher o lixo das ruas, varrendo mais de quatro vezes só a Av. Rio Branco (que também é lavada diariamente). Além disso, nós também lavamos as ruas da Lapa, inclusive nos finais de semana, por causa do grande número de pessoas que vão lá para se divertir”, explica.
Jaime também conta que o lixo produzido pelos estabelecimentos comerciais não é recolhido pela Comlurb e sim por empresas privadas que fazem esse serviço. Os restaurantes que não contratarem os serviços dessas empresas e jogarem o seu lixo nas ruas, são multados.
Um dos maiores desafios da Comlurb, é conscientizar as pessoas para não jogarem o lixo nas ruas e sim nas lixeiras, isso já ajudaria muito! Campanhas e folhetos são uma das opções que eles têm para educar as pessoas e fazer da separação do lixo um hábito.
Alguns prédios comerciais já estão dando exemplos da preocupação que temos que ter com o meio ambiente. O prédio RB1, é um deles. O lixo é separado e vendido para uma cooperativa, o dinheiro recebido é destinado para as festas de final de ano e para os funcionários. O prédio da Caixa Econômica, na Av. Rio Branco, também faz a coleta seletiva há quatro anos, administrada pela ONG – Moradia e Cidadania. Duas vezes na semana uma combi passa para recolher o material, que é levado para CRR (Centro de Reciclagem Rio), empresa que faz a reciclagem.
Medidas como essas devem ser cada vez mais adotadas pelas empresas, tanto as privadas como as públicas e tornar um hábito dos brasileiros para que futuramente não tenhamos que remediar.